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Algumas plantas podem intoxicar seu cão

Foi por pouco que Buggie, um simpático border collie caramelo e Spike, um gold retriver sapéca, escaparam de conseqüências mais graves ao se intoxicar com uma singela comigo-ninguém-pode. Eu comprei uma ração diferente e ele não gostou, aí, depois de comer, foi até a área de serviço e começou a devorar as folhas. Daí vomitou e passou muito mal, lembra-se sua dona, a esteticista carioca Neusa Kramelly dona do Buggie.  A sorte é que ela se dirigiu imediatamente para a clínica veterinária com seu amigo travesso, onde ele recebeu cuidados veterinários com ministração de medicamentos adequados.

Episódios assim do Buggie e do são mais freqüentes do que se imagina. Só em 2012 atendemos 82 animais intoxicados por plantas, contabiliza a veterinária Silvia Schmitz, do Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul, que fica em Porto Alegre. Nem sempre essas histórias têm final feliz, como a de Buggie ou Spyke. Por isso o certo é manter plantas nocivas fora do alcance de focinhos xeretas.

 Na dúvida, basta ligar para o Centro de Controle de Intoxicações o número é 0800 722-6001. Vale lembrar que adubos e pesticidas também podem ser nocivos aos cachorros. Por isso, ao tratar das plantas de casa todo cuidado é pouco.

Deficiência nutricional, sede, mal-estar sim, nesses casos eles engolem folhas por instinto, para facilitar a digestão ou favorecer o vômito e até mesmo a simples curiosidade, comum nos filhotes, levam os cães a devorar plantas ornamentais. Se você oferecer uma ração de qualidade e deixar sempre à disposição água fresquinha, já estará eliminando os dois primeiros fatores de risco.Evite também deixar o animal solto em sítios e fazendas. "E, nas ruas, use sempre guia e coleira, para puxá-lo se ele começar a mordiscar uma planta qualquer", aconselha a veterinária Camila Manoel, do

Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo ou o Hospital vetrinario da USP. Se mesmo assim você notar que seu mascote adora petiscar no jardim, cultive espécies como a erva-cidreira e a hortelã para ele se esbaldar. E, lembre-se, em caso de acidente, seja rápido.

Tudo fica mais fácil se você conhece os principais sintomas de intoxicação. Eles variam de acordo com a planta ingerida, mas em geral consistem em vômito, diarréia, coceira, inchaço e vermelhidão na boca, nos olhos e nas áreas de contato, avisa a veterinária Regina Motta, da

clínica Homeo Patas, em São Paulo. Na pior das hipóteses, pode haver comprometimento neurológico.

Cada emergência dessas merece um tratamento específico. Alguns procedimentos comuns são indução de vômito, lavagem gástrica e aplicação de soro. Os medicamentos é que variam bastante, de protetores da mucosa gástrica a anti-histamínicos, diz Camila Manoel. Tomara que seu cão passeie tranqüilo na grama sem nunca precisar de nada disso.

 
Plantas venenosas para seu cão

Estas são algumas das espécies mais nocivas:

1. Comigo-ninguém-pode

2. Costela-de-adão

3. Espada-de-são-jorge

4. Jibóia

5. Mamona

6. Palma-de-cristo

7. Copo-de-leite

8. Espirradeira

9. Azaléia

10. Guaimbé


Sintomas

Comigo-ninguém-pode, costela-de-adão, jibóia, copo-de-leite e espada-de-São-Jorge: provocam vômito, náusea, salivação e irritação nas mucosas do nariz e da boca.

Espirradeira: pode deflagrar arritmia cardíaca, além dos sintomas mencionados acima.

Mamona e palma-de-cristo: há relatos de distúrbios neurológicos, como convulsões e alteração da coordenação motora, além de problemas no sistema digestivo.

Azaléia: sua ingestão provoca náusea, vômito, diarréia e, em casos mais graves, arritmia cardíaca e tontura.


Animal intoxicado: primeiros socorros

Agir com rapidez e de forma correta faz a diferença na hora de salvar seu bicho de estimação. Confira as dicas da veterinária Silvia Schmitz:

• Em caso de ingestão de planta tóxica, não provoque vômito. Retire os restos da planta da boca do animal com cuidado.

• Faça o cão ingerir água, leite ou clara de ovo.

• Se houver contato com a pele e/ou mucosas, lave-as abundantemente com água corrente.

• Procure um veterinário imediatamente após os procedimentos acima.

• Não deixe de levar a planta para identificar a espécie.

• Se necessário, consulte o Centro de Informação Toxicológica de sua cidade ou região.

Fonte: http://saude.abril.com.br/bichos/index.shtml

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